Meu nego, eu preciso te contar:
ando sorrindo aquele sorriso da incerteza que teme a novidade. Ando andando pela rua com os olhos quase cerrados, como venta nessa cidade! Meus cabelos estão mais compridos e coloridos, eu gosto assim. Sinto que estou numa fase diferente, transição, sabe como é, a gente nunca se acostuma com ela, porque quando está prestes a ficar comum, já estamos mudados. Sei lá, é a vida.
Andei aprimorando alguns setores pessoais, inclusive aquele espiritual que a gente gostava tanto de conversar sobre. E falando em conversar, você iria gostar do meu novo trabalho. É a sua cara, portanto, também a minha.
E você? Ainda com aqueles planos de desenhos literários? De escritas desenhadas? Tenho boas lembranças do copo gelado na mesa e da sua mão esbarrando na minha toda hora. Acidentes que acontecem, né?
Não, não estou com saudade de tudo aquilo, não estou com saudade do que passou. Gato escaldado também procura se secar. Depois de seco, uh! Sobe nos muros de novo, cai de novo, sobe e vaga pela noite, contente com as garras afiadas.
Tive um sonho e queria te contar.
Não posso, mas queria.
Na verdade queria e até posso,
mas não devo,
bem parecido
com a nossa história.
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