terça-feira, 13 de dezembro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

fundir-se-á

Quando há fusão, encontra-se o equilíbrio
ou o desequilíbrio de ser quem se é.
Meu corpo é minha alma traduzida em gestos,
Minhas expressões me representam.
Sentir
Sem ter tido tempo de pensar
Fluir, reagir, resgatar.
Da areia pro mar
é só uma questão de degradê.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfim, todas as portas se fecham. Se fecham e não abrem mais, por hoje.
E o que era estabilidade desestabilizou, virou do avesso, esfarelou. E até que se prove o contrário, essa é a realidade.. Que pena.
Sim, esse é um texto bundado, como eu gosto de dizer e minha mãe me corrige dizendo que essa palavra é feia. Trabalhei tranquila até e quando chego em casa, cabum! A linha reta se entorta e não quer nem saber se eu me perdi nela, ou se tracei a meta mesmo assim. Foda-se a métrica e que as boas maneiras sejam bem vindas lá no uzbequistão, porque daqui elas já partiram faz tempo.
E quem não gostar disso aqui, que vá embora.
Tento não reclamar para os amigos, pra não ser a reclamona da galera; não falo nada para minha família, se não já querem me indicar para um psiquiatra e não tenho cachorro pra chutar. Vai por aqui mesmo.
Eu quero saber quem inventou a solidão, pra que essa pessoa aprecie sozinha o prazer de ser inteiramente picada por aquelas formiguinhas bem pequenas e não ter ninguém com quem contar. B*sta de mamute!
E não é esse o principal motivo; há pelo menos um dia no mês em que os bípedes e quadrúpedes (com o ultimo é quase o ano inteiro) me irritam e eu tenho profunda vontade de dormir o dia todo pra ver se passa.
E não me venha com essa história de TPM. Meus hormônios já dão trabalho suficiente.
e antes que eu me esqueça, vá dormir.

Ass.:

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

nan-

carvão
água
desestabilizadamente
atraídos; cola. Forma
tinta preta
desenha um poema para mim?

-quim

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

uma dúvida, meu senhor

No final das contas, percebemos que se colocarmos tudo numa balança, há mais dores que amores.
E as flores, como é que ficam?
Rabisquei um destino que foi borrado por uma outra tinta, que não a minha, nem a sua.
E a rua, como é que fica?
Tomamos goles e mais goles de "eu-sei-de-mim", mas as mãos se encontravam sem querer.
E o anoitecer, como é que fica?
Culpamos o tempo, a estadia, a covardia, o frio e a moral. Que bela cena!
E a novena, como é que fica?
Escrevemos a nanquim, para que fique bem registrado "Aqui jaz um amor de outras vidas".
E essa, como é que fica?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O presente

Repare
Sinta o vigor da minha pele
ela exala vida!
Fixe no sorriso desenhado pelos pincéis de Afrodite

Não deixe de notar
Que gracejo mais,
Rio das falhas, porque elas me molham
Assim como a ti!

Depois desta tua viagem, meu senhor
A Terra transferiu suas rotas
para que eu pudesse continuar
sem me ferir

Pasme a surpresa:
Gostei.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Poema 12


Para mi corazón basta tu pecho,
para tu libertad bastan mis alas.
Desde mi boca llegará hasta el cielo
lo que estaba dormido sobre tu alma.
Es en ti la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.
He dicho que cantabas en el viento
como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto como un viaje.
Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran y huyen
pájaros que dormían en tu alma.

Pablo Neruda


terça-feira, 16 de agosto de 2011

E já era hora.
Tantas vezes infeliz, tantas vezes calada. Tantas vezes lembrando que até me esqueço de como era quente o latejar das veias a espera de um coração.
Demorados dias se passaram até esse inverno. Calo, espero, tento, envergonho, fragilizo. Pulso. Ainda aqui.
É olhar e perceber, agir e não compreender. Perguntas já não bastam mais, vamos para outra casa, mudar de ar, conhecer a esfera de outras vidas, as viagens tão esperadas..
Uma folha pisada ainda vale, seu abraço ainda esquenta e eu ainda sinto - muito.

I'm the rainbow in your jail cell
All the memories of
Everything you've ever smelled
Not alone, I'll be there
Tell me when you wanna go

sábado, 30 de julho de 2011

ne me quitte pas

Não há uma única música que traduza um sentimento de amor, apesar da maioria tentar. Não há poesia suficiente para descrever as sensações sentidas pelo amor verdadeiro; seja ele correspondido ou corrompido. Não há garrafa de conhaque que suporte o aperto no peito dos que amam em silêncio. Não há breguice que supere os apaixonados. Não há fogo que acabe com a fome dos amantes.
não há o que deveria haver para mim, em você

Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racontrai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer


domingo, 3 de julho de 2011

arrepio

Ser ou não ser? Eis a questão.

Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou pegar-me em armas contra o mar de angústias e, combatendo-o, dar-lhe fim?

Morrer; dormir. Só isso.

E com sono – dizem – extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável.

Morrer; dormir – dormir, talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que virão no sono da morte quando tivermos escapado ao tumulto da vida nos obrigam a hesitar. E é essa reflexão que dá à desventura uma vida tão longa.

Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo, a afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as delongas da lei, a prepotência do governante e o achincalhe que o homem paciente recebe dos inúteis, podendo ele próprio encontrar seu repouso com um simples punhal?

Quem aguentaria fardos gemendo e suando numa vida servil, senão temer alguma coisa após a morte? O país não descoberto, de cujos confins não voltou jamais nenhum viajante – nos confunde a vontade, nos faz preferir e suportar os males que já temos, a fugirmos para outros que desconhecemos.

E assim a reflexão faz todos nós covardes.

E assim a força natural da decisão se transforma no doentio pálido pensamento. E empreitadas de vigor e coragem, refletidas demais, saem de seu caminho, perdem o nome de ação.


William Shakespeare

quarta-feira, 29 de junho de 2011

sobre isso aqui.

Vivemos num eterno paradoxo.
De um lado o sol, radiante, tempestuoso
Soprando suas brisas quentes que arrepiam
e inspiram um profundo conforto

De outro, a lua
que nos puxa bem pertinho dela para questionar.
Para lembrar que o verdadeiro calor é o que vem
do mais íntimo interior humano, dormindo entre as sombras

Ah, lua! Não me venha com essa
de me confundir quando o sol me ilumina

Eu sei tudo sobre esse amor,
só espero a noite chegar.

domingo, 12 de junho de 2011

Algumas verdadinhas

sabe quando você pensa mas não fala?
Como por exemplo, o cheiro de química no cabelo, proporcionado pela escova progressiva é horrível! Os usuários dessa técnica de alisamento capilar deveriam se envergonhar! Maior cheiro de sujeira quimica. Tenho dó desses cabelos e agradeço à minha mãe por nunca ter me dado uma chapinha, quando eu queria e ter feito eu gostar do meu cabelo as it is. Nada mais bonito que um cabelo bem tratado, seja como for.
Agora, falando em correções, você, meu querido(a) que tem os dentes tortos, por favor, escova essa dentadura, fio... O problema não é ser torto, mas sabe aquela faixa amarelada que fica próxima ao vão do dente, aquela crosta de sujeira? Então.. Evita, né, gente...
O caso só piora se voar perdigoto da boca do sujinho.
Eu sei que não é só comigo que acontece isso, mas quando a pessoa tem algum chamativo muito forte no rosto, é impossivel não acompanhar. Como é o caso dos dentes.
A pessoa pode estar falando sobre o assunto mais legal do mundo, se tem o dente podre, eu vou ficar olhando pra boca e pensando: meu senhor do bonfim, dá uma escova pra essa pessoa..
E a cera no ouvido? Tem gente que deve ser até meio surdo, de tanta barreira naquele ouvido... Cotonete, volte a fazer propagandas.

Mas chega. Isse post não deve conter dicas de higiene.
Queria também dizer que, *pessoa chata*: Eu sempre imagino uma banana na sua boca quando vc começa falar asneiras. E se o papo piorar, o objeto piora.
*Pessoa chata e invejosa*: eu rio de você. Bastante. Mas também peço aos céus para que vc aprenda a ser mais legal. Só que isso tem que ser lentamente, pra dar tempo de eu sair do seu círculo de conhecidos.
*Hipócrita*: Você não me engana. Sua cara de ovo chupado proveniente do autoritarismo dos seus conceitos delata que você é podre. Nem adianta disfarçar, suas entrelinhas são claras. Saia do armário, vista uma rede...
*Gay enrustido*: BEEEEEEE....... VEM PRA BUATHY e para de ser tão intragável!
*Pessoa inconveniente*: Quem te ensinou a ser assim? Why so insuportavel?
*Eu*: Why so ranzinza?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pérolas aos porcos: meu jogo favorito

Se eu compreendesse menos, essa sensação de tristeza estendida seria amenizada.
Eu ficaria concentrada numa raiva, ou no que aconteceu e não pensaria em mais nenhuma possibilidade real.
A razão nao é real.
Vamos jogar com as cartas do baralho. Dama, Valete. Os reis que se matem!
Vamos jogar de acordo com as regras do orgulho, sem sorrir, sem dar o braço a torcer, sem gostar. Jogar pra ser jogado, largar para ser amado.
Sem pressa, sem motivo.
Nada disso me interessa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

só pra mim

vai ficar só pra mim.
vou contar pra mais ninguém
a Alegria que me dá em te ouvir
mudando o tom de voz
pra falar mansinho comigo.
Ih, contei!

terça-feira, 26 de abril de 2011

ainda

Pego o papel da lembrança,
molhado com algumas recordações
esparramadas pelo chão
espumas sutis, frágeis histórias

Em pequeninos pedaços, lá estão eles
todos misturados num só bloco
grudados pelas bolhas
dentro do guarda-confete

Retiro silenciosamente cada pedaço
desse carnaval estrelado
Revelo a verdadeira brincadeira

Já estamos na páscoa
e eu ainda penso
na quarta de cinzas


quinta-feira, 10 de março de 2011

nós

"Naquela tarde, nos entreolhavamos como dois amantes de vidro, sem poder quebrar"
Quebrar o pacto, o ato, a decência que há na decadência do nós.
Sem quebrar o pulso na luta entre a razão e..
Bem, entre a razão e outras bobagens quaisquer.

Despedaçou.



terça-feira, 8 de março de 2011

é verdade

Por trás de toda timidez, há verdade.
Porque é com um olhar tímido e com gestos tímidos que se diz verdades.
Aquela dita com estupidez é falsa, e aquela que vem rapidamente, pode-se desconfiar: ou foi arquitetada, ou é estúpida de conteúdo. Não tem bagagem.
A verdadeira verdade é aquela que não se fala.



quinta-feira, 3 de março de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Conclusão

Gueto, do italiano ghetto, bairro onde vivem grupos minoritários, devido à própria sociedade separatista (apesar de toda hipocrisia).

G'day , gíria normalmente utilizada na Austrália, 'Good Day', que significa Oi, olá.

Ethos, na sociologia significa o conjunto de costumes de um povo, a identidade social daquelas pessoas

G'Ethos: Boa identidade social. Bons costumes.
Essa não tem significado no dicionário, nem veio do latim. Não há lexico-gramática que a descreva.

Mas o pensamento não exige concordância.


"Será instinto ou consciência; viver entre o sonho e a merda da sobrevivência?"


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Que beleza

as belezas são tão frágeis, raras, compradas
comparadas, usadas, descartadas, unificadas, padronizadas
sem isso, com aquilo
tudo isso em grande estilo
passando por cima da genética, ainda pior
sem embasamento lógico ou racional
mas também desprovida de motivo emocional
a beleza é tão
plural
E pode ser descrita
como
a
estética desse texto