quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Horizonte

Vem, me dá a mão
Eu já pensava que nunca mais colocaria o brilho dos meus olhos em outra retina. Entre um dedo e outro afagando os das minhas mãos, ah, sua mão. Na minha. Cada risco de digital deslisando sobre os meus, misturando nossas faces, nossas identidades.
Me deixa te tocar. Com a alma. Você é tão infindo, que a vontade é de mergulhar entre suas veias, pelos e tecidos.
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina, salta e te ilumina
Quando a noite vem
Não dá pra ver o final do horizonte. Eu vou alto, voo, pairo sobre um cume, e é impossível ver o fim. Simplesmente porque isso, isso tudo é infinito. Infinitamente melhor. Infinitamente sensível. Infinitamente molhado. Infinitas vezes eu. Infinitas vezes você.
Vem, por favor, não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos,
Vou perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Nossos horizontes não se encontram aqui. transcendem, sublimam, e lá, onde tudo é sutil, dançamos livre, l e v e mente
Venha. Venha soprar na minha nuca aquelas palavras só suas. Venha me fazer morder os lábios sorrindo de mansinho. Venha ser você em mim.


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